Até clínicas famosas podem ser alvo de denúncias. Descubra quais documentos jurídicos realmente protegem sua clínica, seu paciente e sua reputação.
Recentemente, uma clínica de estética no Rio de Janeiro, administrada por Rayane Figliuzzi, namorada do cantor Belo, foi alvo de denúncias após uma paciente relatar problemas durante um procedimento de bronzeamento.
Segundo a cliente:
- Sofreu coceira, irritação na pele e queda de pressão, precisando receber atendimento imediato.
- A máquina utilizada parecia sem manutenção, levando a paciente a interromper o procedimento;
- O ambiente apresentava precários padrões de higiene: cortinas quebradas, produtos sem marca, local sujo;
- A clínica era diferente das propagandas vistas no Instagram;
- Após pagar pelo serviço, solicitou a nota fiscal e foi informada de que não seria emitida;
O resultado? Reclamações à Vigilância Sanitária e à prefeitura, além de ampla exposição na imprensa. Um incidente que poderia ter sido minimizado com protocolos claros, manutenção adequada e documentação completa.
Muitos gestores acreditam que possuir um alvará ou licença de funcionamento já é suficiente para estar protegido. Mas o caso da clínica de bronzeamento mostra exatamente o contrário: o alvará é apenas a autorização para funcionar, não um escudo contra denúncias ou responsabilizações. A verdadeira proteção está em ter protocolos documentados, contratos bem redigidos e registros jurídicos que comprovem a regularidade da clínica
O que sua clínica pode aprender com este caso, quais os documentos necessários para sua proteção:
- Acolha e acompanhe o paciente: de o primeiro atendimento e se necessário encaminhamento para tratamento especializado, registre retornos e acompanhamento. Demonstrar cuidado previne complicações e fortalece a defesa jurídica.
- Forneça informações claras e detalhadas: explique todos os riscos do procedimento, orientações pós-tratamento e possíveis intercorrências. Documente tudo em termos de consentimento específicos.
- Registre cada intercorrência: mantenha uma ficha de intercorrência para qualquer efeito adverso, mesmo que leve, registrando data, descrição, medidas adotadas e orientações passadas ao paciente.
- Contrato bem redigido: formalize obrigações da clínica e direitos do paciente em contrato de prestação de serviços, reduzindo riscos de litígios futuros.
Dica prática imediata:
Revise hoje mesmo seus termos de consentimento e fichas de intercorrência. Inclua informações claras sobre todos os riscos, tempo de recuperação, possíveis efeitos adversos e orientações pós-procedimento. Esse simples passo já aumenta sua segurança jurídica e transmite confiança aos pacientes.
Investir em documentação e protocolos não é burocracia: é proteção real para seus pacientes e sua clínica. Um atendimento seguro e transparente é, sem dúvida, o melhor investimento contra problemas legais e reputacionais.
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Fonte para o artigo: https://www.metropoles.com/colunas/fabia-oliveira/sujeira-e-coceira-cliente-denuncia-clinica-de-rayane-figliuzzi
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